quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Residencial Mestre Verequete em Icoaraci



Foto: David Alves
Agência Pará

Os acéfalos se extinguirão por seleção natural

Vou dedicar o primeiro post do ano a uma reflexão. Ontem vi e ouvi, de uma pessoa próxima, uma frenética e desenreada demonstração de ódio ao presidente Lula e ao atual governo. A pessoa reclamava do Bolsa Família, Auxílio Gás e outros benefícios que o governo federal implantou tirando milhares de pessoas da linha da miséria.
A pessoa argumentava que isso é "política para premiar vagabundo, que agora não precisa mais trabalhar para ganhar dinheiro" (sic).
Gostaria de refletir sobre o assunto, afinal, é ano de eleição.
Que me corrijam se eu estiver errada, mas a lógica não é clara, de que ninguém, em sã consciência, vai deixar de ganhar um salário mínimo de R$ 510 (no mínimo) para ganhar R$ 70 (do auxílio gás) ou R$150 (Bolsa Família)? Esquece a distinta pessoa que, ao ter a carteira assinada, o indivíduo deixa, obviamente, de receber o auxílio porque não precisa mais dele.
Não concordo com quem diz que trata-se de política populista. Trata-de de uma verdadeira política social, capaz de olhar para o ser humano e dar a ele uma condição mais digna, menos miserável.
Só para me ater ao nosso Estado, pela primeira vez um governo investe no povo do Pará de maneira tão eficiente.
Só em recursos para os municípios atingidos pelas cheias do ano passado (quase 80), o Governo Popular conseguiu recursos da ordem de R$ 75 milhões para 2010. Só no ano passado foram cerca de R$ 90 mil.
Sem falar no Bolsa Trabalho, que já qualificou mais de 48 mil jovens e garantiu carteira assinada a mais de 15 mil. O programa foi reconhecido e premiado, só a pessoa em questão e mais a corrente que arrasta asa e coxa pro PSDB não vê.
O Navegapará é o maior programa de inclusão digital do país, que já instalou mais de 80 infocventros em inúmeros municípios do Estado, criando também as Cidades Digitais e os pontos de acesso livre à internet gratuita banda larga, possibilitando, entre outras coisas, que milhares de estudantes possam ter uma educação de melhor qualidade. Isso sem falar na grande rede de fibra óptica que conectou hospitais, escolas e repartições públicas no Pará, estado com dimensões continentais, no coração da floresta amazônica.
A implantação de um infocentro em Belterra, região do Baixo Amazonas, rendeu até um elogio espontâneo do apresentador do programa do caldeirão, em rede nacional, como se aqui na "selva" não pudéssemos ter internet.
Isso sem falar nas obras do PAC, que já tiraram centenas de famílias de de palafitas em cima da lama e as instalaram em apartamentos com dois quartos, cozinha, banheiro, sala, esgoto, água e infra-estrutura antes só acessível aos mais abastados. Aliás, adorei a homenagem ao Mestre Verequete no residencial Taboquinha, em Icoaraci.
No setor habitacional, já foram investidos no Pará R$ 56,7 milhões, sendo R4 19,7 do tesouro estadual. A Cohab já construiu mais nesses três anos de governo que em 40 anos de existência.
Se isso não é uma política digna, voltada para o bem estar das pessoas, o que é então? Retornarmos a episódios de truculência como o Conflito de Eldorado dos Carajás? Ou ao índice de mortalidade infantil da Santa Casa, que era muito superior ao que foi divulgado pela imprensa no atual governo há cerca de dois anos.
Agora a Santa Casa de Misericórdia vai completar 360 anos com uma nova UTI Neonatal totalmente reformada e ampliada, novo ambulatório de especialidades médicas e um novo prédio onde será duplicada a quantidade de leitos.
Mas isso não significa nada para muita gente. Por que? Não enxergam ou não querem ver? Talvez faltem os acordos imorais com as mídias locais característicos da gestão anterior, quando em troca de alguns milhares de reais, havia garantia de pautas boas e positivas nos jornais e na TV.
Porém, enquanto houver massa cinzenta no corpo humano, ainda há esperança. Os acéfalos, se destruirão por seleção natural.